Mulher de verdade



Então, qual seria a melhor definição de “mulher de verdade”? Tenho certeza que muitas coisas podem ter vindo a sua cabeça, mas vamos combinar assim: Não é porque nós nascemos em outro século (eu pelo menos!) que temos que elencar os conceitos mais antiquados, vamos nos debruçar sobre uma concepção de mulher moderna. 

Entender mulher moderna como sinônimo da saudosa “Amélia” seria verificar apenas uma das inúmeras partes do objeto em estudo. Esta mulher, de maneira geral, absorveu aquela. A nossa mulher moderna continua perseguida por um estigma que foi o defendido como a moral correta por muitos anos, séculos na verdade, de que mulher de verdade seria a dona de casa, subserviente ao pai, depois ao marido, rainha do lar, mas nunca chefe da família, e mãe exemplar. Mas convenhamos que esse conceito não se aplica atualmente. 

Assim, precisamos olhar por um novo prisma para podermos decompor as principais características da nova mulher de verdade. Primeiramente, alguns traços da “Amélia” ainda perduram. A mulher continua sendo mãe, com erros e acertos – humana – e melhorando sempre, continua, muitas vezes, ainda absorvendo as tarefas de dona de casa, muito embora o homem já tenha entendido que o lar é de responsabilidade de ambos, em tudo. 

Mas dona de casa, apenas, é muito pouco. A mulher de verdade também estuda e trabalha, vai à luta. Lugar de mulher é onde ela quiser estar. Quando ela quer, ela vai atrás, sensualiza e joga charme, não tem “frescuras” nem desculpas. Eu, particularmente, aplaudo de pé esse tipo de mulher. Decidida! Já basta a vida, complicada como ela, não precisamos nós nos ver emaranhado de crises e complicações que apenas o intelecto de uma mulher extremamente complexada é capaz de criar (já vivi!) 

A mulher de verdade chega no cara quando ela quer! Ela se faz entender. Ela conquista seu espaço, tem profissão, senta no banco da facul e ainda da um trato na casa. Almoça com os pais no domingo e tira a roupa para o namorado a noite – sem puritanismos, por favor, você já deve ter feito pior. Essa mulher sabe seguir a moral imposta, driblando as regras sempre que for oportuno. Sabe dançar conforme a música e meter o pé na jaca, porque não? 

A mulher de verdade é amiga, meiga, safada e recatada. Sabe se portar na rua, no trabalho, no colégio dos filhos e algemada na cama. Ela dá a volta ao mundo em aviões ou em seus livros, sabe dar a volta por cima, mas também é ótima por baixo. A mulher de verdade sabe ser todas e uma apenas, ela é multifacetada e multitarefas. Pobres de nós homens, vivendo a mercê dessa espécie superior sem, às vezes, se dar conta. 

Essa mulher, sim, persegue seus sonhos e torce por dias melhores fazendo sua parte. A mulher de verdade, na verdade, superou e muito a “Amélia” de outrora, essa jaz em sono leve, pois em toda mulher ainda há um pouco dela, mas principalmente a uma infinidade de outras mulheres, todas tão incríveis quanto. 

Valmir Soares Jr

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