Ser verdadeiro



Hoje, aos quase 30 anos, já sei que existem características minhas, sejam boas ou ruins, que não conseguirei mudar, por mais que tente, porque no fundo eu não quero que mudem. 

Tal qual aquela mancha no carpete com a qual se aprende a conviver, tenho luzes e cicatrizes que fazem parte do que sou e descrevem o que vivi. 

Não me envergonho de nada em minha vida. Acredito que, de alguma forma, tudo contribuiu para que eu me tornasse o homem que sou hoje. Então, levanto-me e aplaudo meus defeitos e qualidades, erros e acertos, e espero viver esses e aqueles altos e baixos até meu último dia.

Eu sim, sou meu maior admirador, meu maior fã. Não tenho ídolos, admiro muito algumas pessoas que considero iluminadas, nenhuma delas tinha dinheiro, e tenho um amor incondicional por uma meia dúzia de pessoas que sei que me amam tanto quanto.

Acredito que atraio a admiração de alguns, ao mesmo tempo que não significo nada para outros. O que importa é que eu vivo sendo meu protagonista e platéia. Não tenho de provar nada para ninguém, apenas para mim mesmo.

E, se hoje eu continuo a decepcionar alguns que me querem bem é por ser verdadeiro demais.

Valmir Soares Jr

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